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No Brasil, as enteroparasitoses representam um grave problema de saude publica e, essa situacao se deve as precarias condicoes de higiene pessoal e ambiental, alem da deficiencia da educacao em saude, realidade de inumeras comunidades brasileiras. Este trabalho objetivou investigar a prevalencia de enteroparasitoses em individuos com faixa etaria entre dois e setenta anos, moradores do povoado Mangabeira, localizado na zona periurbana do municipio de Pilar, Estado de Alagoas. Foram realizados inqueritos socioeconomicos com aplicacoes de questionarios referentes as condicoes de moradia, estrutura familiar, habitos alimentares e saneamento. O diagnostico dos exames parasitologicos de fezes foi realizado no Laboratorio de Esquistossomose e Malacologia (LEM), do Setor de Parasitologia (ICBS/UFAL), atraves do metodo qualitativo de Lutz (1919), e o metodo quantitativo de Kato, modificado por Katz (1972). Das 181 amostras coproparasitologicas coletadas, 87,85% encontravam-se positivas para alguma especie de parasito, sendo 55,25% no sexo feminino. O poliparasitismo estava presente em 43,39% dos casos. A maior prevalencia foi do protozoario Giardia intestinalis (28,46%) e, em seguida, do complexo Entamoeba histolytica / E. dispar (16,67%). O helminto de maior ocorrencia foi o nematodeo Ascaris lumbricoides (14,61%). O trematodeo Schistosoma mansoni foi identificado em tres individuos, sendo um homem e duas mulheres. Para os casos positivos, o tratamento foi prescrito junto com o receituario medico. Para os casos de esquistossomose, os individuos foram encaminhados ao setor de endemias. A administracao periodica profilatica do albendazol as criancas nas escolas pode ter interferido nos resultados, mas, ainda assim, o percentual para A. lumbricoides se manteve alto. Portanto, continuam necessarias medidas para o controle das parasitoses atraves da educacao sanitaria e de uma salubridade adequada, principalmente em relacao ao tratamento da agua consumida. |