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O conhecimento acerca da biologia e comportamento de térmitas considerados pragas urbanas ainda é incipiente. Neste sentido, este estudo teve como objetivo avaliar a resistência natural de três madeiras: cupiúba (Goupia glabra Aubl.), guariúba (Clarisia racemosa Ruiz & Pav.) e marupá (Simaruba amara Aubl.), importantes espécies comerciais amazônicas, ao ataque de térmitas. Para tal, foram conduzidos experimentos em três áreas no Campus Universitário da Universidade Federal do Amazonas, considerado o terceiro fragmento florestal urbano do mundo. A princípio foram instaladas iscas de papelão corrugado, para a identificação das áreas de atividade termítica. As iscas foram enterradas aleatoriamente, por um período de 80 dias, sendo posteriormente removidas para a inspeção visual. Nos pontos com atividade de forrageamento confirmada, foram instalados corpos-de-prova (30 x 2 x 2 cm) das três espécies madeireiras. Em cada área experimental foram enterrados 12 corpos-de-prova de cada espécie florestal, totalizando 108 corpos. Os corpos-de-prova foram removidos do solo em dois períodos de avaliação: 90 e 120 dias. Os resultados foram submetidos a Análise de Variância (ANOVA). Foram identificadas diferenças estatísticas ao nível de p< 0,05 para o consumo da madeira (g), sendo a espécie com menor densidade (marupá: 0,40 g cm–3) a mais susceptível ao ataque. No total, 55% dos corpos-de-prova foram infestados por térmitas do gênero Nasutitermes (N. corniger e N. surinamensis) e Cornitermes (C. acignathus). Estes resultados corroboram que a densidade da madeira impacta na resistência natural ao ataque de insetos xilófagos e podem contribuir para que os métodos de prevenção e controle sejam adequadamente planejados. |