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A transformação digital viabilizou inovações substanciais na prática profissional em saúde. Se por um lado as tecnologias avançam, por outro, os problemas clássicos perduram com o passar dos anos. Na maioria dos estudos em computação, tais problemas são discutidos do ponto de vista técnico, e, por vezes, sem diálogo com outras áreas de conhecimento. No entanto, quando isso acontece, elementos até então desconhecidos podem surgir, como a utilização frequente de sistemas considerados emergentes no contexto da saúde. A relevância desses sistemas motivou a elaboração desta tese, que tem como objetivo compreender o papel dos sistemas emergentes na saúde apresentando uma perspectiva multidisciplinar do tema. Para tal, foi utilizada a Teoria Institucional como lente teórica, tendo como base a coexistência de lógicas institucionais para análise do fenômeno. O estudo foi dividido em duas etapas onde a primeira consistiu na realização de quatro estudos exploratórios, três mapeamentos sistemáticos da literatura e um estudo de campo. A segunda apresentou um estudo de caso interpretativo para observação dos sistemas emergentes à luz da perspectiva das lógicas institucionais. A principal contribuição dessa tese é a apresentação de uma forma de observar a dinâmica de uso de sistemas de informação em saúde por meio de uma visão mais abrangente que considera o artefato tecnológico parte de um contexto dinâmico. |
