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O cisto do ducto nasopalatino é um cisto não odontogênico de etiologia desconhecida e de formação atribuída à proliferação de restos epiteliais presentes no ducto nasopalatino, de forma espontânea ou desencadeada por estímulos externos. Estima-se que 1% da população possa desenvolver essa lesão. A anamnese detalhada e exames complementares de imagem são valiosos para direcionar a conduta terapêutica, uma vez que, clínica e radiograficamente, tal condição pode ser confundida com outras lesões radiolúcidas que se apresentam na região anterior de maxila, acima dos incisivos superiores. Objetivo: Relatar e discutir um caso de cisto do ducto nasopalatino diagnosticado e tratado no Ambulatório Escola do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 32 anos, apresentou-se para consulta odontológica de rotina e, em radiografia panorâmica complementar ao exame clínico, foi possível observar uma lesão radiolúcida bem delimitada em região de linha média da maxila acima dos incisivos superiores. A hipótese diagnóstica inicial foi de cisto do ducto nasopalatino. Assim, para melhor avaliação do tamanho e localização da lesão, uma tomografia computadorizada de feixe cônico foi solicitada e a conduta terapêutica eleita foi remoção cirúrgica pela técnica de enucleação. No momento da cirurgia, foi possível dissecar a lesão com um bom plano de clivagem, embora tenha sido observada uma adesão entre o periósteo e a cápsula. A lesão foi removida inteiramente, de forma cuidadosa, de modo a preservar a cápsula por completo. Em seguida, encaminhou-se o espécime para análise histopatológica, que evidenciou a presença de cavidade cística revestida por epitélio estratificado escamoso em número variável de camadas, achado compatível com o diagnóstico final de cisto do ducto nasopalatino. Após um ano, o paciente retornou para acompanhamento clínico e radiográfico e exibiu neoformação óssea, recebendo, assim, alta clínica. Conclusão: O cisto do ducto nasopalatino é uma lesão incomum, benigna, de etiologia desconhecida e que pode gerar danos ao indivíduo, caso não seja diagnosticado de forma correta e precoce. Uma investigação detalhada do histórico do paciente e exames complementares são necessários para que o cirurgião-dentista realize o tratamento correto e tenha um resultado previsível e prognóstico favorável. |
