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Introdução: A mamografia de rastreamento reduz a mortalidade por câncer de mama em mulheres assintomáticas e inclui ainda outros benefícios por meio da detecção precoce, como o aumento das opções terapêuticas e a probabilidade de sucesso do tratamento. A não adesão ao exame pode ocorrer em razão do alto custo e da baixa disponibilidade dos locais no sistema de saúde. Além disso, a educação é uma influência importante para a utilização do serviço de saúde. Objetivo: O objetivo do presente estudo é comparar o nível de escolaridade das pacientes que realizaram mamografia de rastreamento no estado do Amazonas entre 2010 e 2014. Material e método: Trata-se de um estudo exploratório, quantitativo, cuja base de dados é o Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA) entre os anos de 2010 e 2014, no Amazonas, Brasil. Apenas as mulheres, de qualquer idade, foram subdivididas de acordo com o nível de escolaridade. Posteriormente, os grupos foram comparados com base no número de mulheres que realizaram mamografias de rastreamento. Resultados: Das 117.012 mulheres que fizeram mamografia e relataram escolaridade no período de 2010 a 2014 no Amazonas, 2,95% eram analfabetas, 30,42% tinham o ensino fundamental incompleto e 16,24% o ensino fundamental completo, 44,97% tinham o ensino médio completo e 5,39% o ensino superior completo. Conclusão: O rastreamento por mamografia é o principal meio de detecção precoce para o diagnóstico das neoplasias malignas da mama, uma das principais causas de morte no Brasil. Sabe-se que o nível de escolaridade da população interfere de forma significativa na busca por atendimento médico e de saúde. O nível de escolaridade também está relacionado à participação social e, consequentemente, ao acesso individual aos serviços de saúde. Os dados obtidos no SISMAMA confirmam essa situação no estado do Amazonas, com os números mostrando que um número maior de mulheres com maior escolaridade realizam mamografia em comparação com as que têm ensino fundamental incompleto. |