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A partir da historicidade da pandemia da Covid-19, o artigo apresenta uma investigação discursiva sobre possíveis emergências de práticas de resistência enunciadas no discurso de mídias jornalísticas brasileiras que circulam na internet. As sequências enunciativas constitutivas do corpus são, predominantemente, de ordem imagética e foram coletadas entre os dias oito e vinte e cinco de abril de dois mil e vinte. Optou-se pelo recorte histórico por corresponder ao início da pandemia no Brasil e também ao início das medidas restritivas de isolamento social. Recorrendo à metodologia de análise discursiva arquegenealógica, buscou-se compreender como os espaços públicos foram discursivizados por essas mídias em tempos de pandemia durante o período histórico recortado. Outro objetivo foi conhecer as condições de possibilidade que permitem ou não a prática de resistências à norma discursiva pandêmica em espaços públicos enunciados nas mídias jornalísticas. Ademais, analisaram-se as formações discursivas que atravessam os espaços públicos e que podem possibilitar condição de existência de práticas de resistência. Concluiu-se que o discurso midiático materializa os efeitos de um dispositivo de segurança de funcionamento capilar, porém mostra as formações discursivas política e econômica possibilitando resistência às normas pandêmicas ao promover a aglomeração de indivíduos. |