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O presente estudo busca analisar a formação em Ciências Sociais, considerando os significados dessa formação, construídos a partir das experiências narradas por algumas pessoas egressas do curso. Para isso, realizou-se um levantamento com egressos/as das turmas de 2009 a 2015 de Ciências Sociais da UFMT, realizando 12 entrevistas semiestruturadas em caráter de profundidade; também se coletaram alguns depoimentos de professores/as e da secretária do curso. Conforme os resultados, constata-se que os significados construídos pelos egressos em relação à escolha pela graduação em Ciências Sociais são variáveis e envolvem questões vinculadas à geração e à classe social, assim como questões de cunho acadêmico e político. Conclui-se que analisar diferentes trajetórias estudantis é relevante na medida em que podemos dialogar com os diferentes elementos que moldam a formação dos cientistas sociais, considerando os diversos cursos de ciências sociais existentes hoje no Brasil. No entanto, apesar dos diversos motivos apresentados, estamos ainda longe de compreender o fenômeno estudado, pois a formação deve ser analisada a partir da relação entre a grade curricular proposta e as condições do estudante que ingressa no curso. |