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Este artigo analisa a transposição midiática de uma narrativa em linguagem verbal, do século XIX para uma narrativa em linguagem multimodal do mangá contemporâneo. Para isso, tomam-se dois fragmentos do romance Madame Bovary (1873), de Gustave Flaubert, e realiza-se um cotejo com sua adaptação no mangá Madame Bovary (2013/1997), de Yumiko Igarashi. Considerando que a linguagem mangá prioriza o apelo imagético em seu sistema interno, o artigo sugere que o processo de reconstrução do tecido narrativo é desenvolvido através de traços simples e de uma simbologia característicos desse produto de mídia. O papel do receptor neste processo é aqui considerado crucial. Ele representa parte integrante e central do funcionamento da nova mídia que tece em suas teias estruturais pistas para a apreensão do novo produto. |