PRAZER E SOFRIMENTO NO TRABALHO

Autor: Siomara Jesuina de Abreu Rodrigues, Pamela Nery do Lago, Raquel Resende Cabral de Castro e Silva, Edma Nogueira da Silva, João Eduardo Pinho, Ana Paula Caetano Pereira, Aline Borges Penna, Fabíola Fontes Padovani, Leandra Delfim do Nascimento, Priscila Tafuri de Paiva Risi, Darlan dos Santos Damásio Silva, Luciana de Morais Lisboa, Juliane Guerra Golfetto, Angelo Aparecido Ninditi, Aline da Silva Fernandes, Flávia de Oliveira Freitas, Karine Alkmim Durães, Aline Helen Alves de Oliveira Guimarães Leite, Lívia Sayonara de Sousa Nascimento, Tatiana Alves Costa
Rok vydání: 2022
Popis: Esta pesquisa teve por objetivo descrever e analisar o trabalho dos enfermeiros que atuam na Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Grupo Santa Casa de Belo Horizonte – MG sobre as vivências de prazer e sofrimento no trabalho, com base na abordagem de Mendes e Ferreira. A Unidade de Terapia Intensiva é reconhecidamente um ambiente favorável ao desgaste físico e mental. Trabalhando nesse ambiente, os enfermeiros compõem uma das categorias profissionais mais vulneráveis a riscos de adoecimento. A pesquisa foi desenvolvida no Centro de Terapia Intensiva do 10º andar do Grupo Santa Casa de Belo Horizonte, com apoio em uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo descritiva. O método utilizado foi o estudo de caso. Os sujeitos da pesquisa foram 10 enfermeiros que atuam na ala B ou D do Centro de Terapia Intensiva. Para a coleta dos dados, aplicou-se uma entrevista semiestruturada baseada no Inventário de Trabalho de Risco de Adoecimento. Os depoimentos foram gravados e, logo em seguida, transcritos, a fim de permitir a análise dos dados, por meio da análise de conteúdo. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa, tendo recebido parecer favorável. Antes das entrevistas, todos os sujeitos que aceitaram participar da pesquisa leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A análise demonstrou que das categorias que compõem o Inventário de Trabalho de Risco de Adoecimento emergiram subcategorias relacionadas às vivências de prazer e sofrimento no trabalho dos enfermeiros. A categoria “contexto do trabalho”, que contempla a organização do trabalho, originou as subcategorias “ritmo de trabalho” intenso, “quantidade de profissionais” a falta não comunicada aflige o enfermeiro, “planejamento do trabalho” não é possível em função da dinamicidade do setor, “cobrança” e “desempenho no trabalho” maior para o cumprimento de questões administrativas. Da categoria “condições de trabalho” emergiram as subcategorias “ambiente físico” adequado, “risco biológico” elevado, “instrumentos e equipamentos de trabalho” são de tecnologia de ponta “informações centralizadas na coordenação”. Da categoria “relações socioprofissionais” emergiu a subcategoria “trabalho em equipe”. A categoria “custos de trabalho” foi subdividida em “custo físico” e foram relacionados ao carregar peso, caminhar durante todo o plantão, “custo cognitivo” para tomada de decisões é preciso conhecimento e experiência profissional e “custo afetivo” descrito pelo distanciamento dos pacientes. A categoria “sentido do trabalho” é composta por: “vivências de prazer” destacaram-se as subcategorias “recuperação do paciente” e “liberdade de expressão” que gera sentimento de satisfação e autonomia. De “vivências de sofrimento” emergiram as subcategorias “reconhecimento e valorização” ausência por parte da equipe e organização e “desgaste profissional” relacionado a conflitos entre a equipe entre outros. A categoria “danos do trabalho” apresentou como danos físicos a subcategoria “manifestações patológicas” de ordem gastrintestinal, circulatória, osteomuscular e quanto aos danos psicossociais, a subcategoria “relações sociais e familiares” distanciamento dos familiares e amigos. Da categoria “estratégia de defesa”, emergiu as subcategorias “apoio familiar”, “aconselhamento psicoterápico”, “prática religiosa”, “atividades de lazer” e “uso de medicamentos”.
Databáze: OpenAIRE