Prevalência de anomalias congênitas e fatores associados em recém-nascidos no estado do Rio de Janeiro de 2013 a 2016

Autor: Amanda Lima de Oliveira, Luiza Corrêa de Oliveira, Marion Kielmanowicz Amazonas, Rodrigo Chaves, Kelbert dos Santos Ramos, Yoná Natalli Mendonça
Rok vydání: 2020
Zdroj: Jornal Brasileiro de Ginecologia.
Popis: Introdução: Anomalias congênitas, defeitos ao nascimento e malformações congênitas são os termos usados frequentemente para descrever as perturbações do desenvolvimento presentes ao nascimento. Entre os fatores causais das anomalias congênitas, destacam-se: agentes infecciosos; agentes ambientais, como radiação; fatores mecânicos; e compostos químicos, assim como doenças maternas. Objetivo: Investigar a prevalência de anomalias congênitas e fatores associados em nascidos no estado do Rio de Janeiro, Brasil, no período de 2013 a 2016, por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Material e Métodos: Estudo transversal, quantitativo e de caráter descritivo, em que os dados foram coletados no banco de dados do SINASC e analisados pelo software Statistica 12.5 Enterprise. Resultados e Conclusão: De 2013 a 2016, notificaram-se 913.704 nascidos vivos no estado do Rio de Janeiro, dos quais 6.762 apresentaram alguma anomalia congênita, o que corresponde a 7,4 casos para cada mil nascidos vivos. Constatou-se que 33% dos casos notificados são de malformações congênitas do aparelho osteomuscular. Observa-se maior chance de anomalias em gestações em faixas etárias extremas (10 a 14 anos —OR 1,12) e 40 a 64 anos — OR 1,74); entre gestantes que não realizaram nenhuma consulta pré-natal e gestantes que realizaram apenas 1 a 3 consultas; e em gestação dupla (OR 1,16). Constata-se que o sexo masculino (OR 1,25), recém-nascidos com peso ao nascer de menos de 2499 g (OR 3,43) e gestações com duração menor que 36 semanas também são fatores associados à maior chance de anomalias congênitas. É de extrema importância o diagnóstico precoce das anomalias congênitas ao longo das consultas de pré-natal, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e reduzir índices de mortalidade infantil. Para isso, é necessário o incentivo à realização adequada de pré-natal e estudos futuros sobre a associação das anomalias com os fatores, especialmente faixa etária materna.
Databáze: OpenAIRE