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Esse artigo busca compreender a ocupação das Travestis no mercado de trabalho no Brasil por meio de uma análise crítica da historicidade do Direito do Trabalho, cuja estrutura jurídica patriarcal, racista e heterocisnormativa relegam os ‘corpos estranhos’ dissidentes a espaços específicos, no caso de travestis, principalmente ao trabalho sexual e, quando muito, ao setor de telemarketing ou salões de beleza. Para tanto, procedeu-se a uma consulta bibliográfica, priorizando pesquisadoras mulheres trans* e travestis, para analisar a construção e percepção do gênero no Brasil e as suas vivências no plano laboral marcadas pela marginalização, informalidade e precarização. A partir dessa pesquisa, conclui-se pela necessidade de uma refundação do Direito do Trabalho sob a luz da Teoria Queer a qual se propõe a romper com o essencialismo do Direito do Trabalho como forma de contemplar os corpos plurais sobre os quais as leis trabalhistas não se apresentam como instrumento de tutela. |