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No contexto do futebol competitivo, cobra-se excelência nos diferentes níveis dedesempenho, havendo uma pressão natural individual que pode levar à ansiedade edepressão. Percebeu-se que, com certa frequência, após a ocorrência de lesõesmusculoesqueléticas, surgiam sintomas desses transtornos mentais comuns. Busca-se,portanto, entender a relação entre as lesões físicas e a sintomatologia depressiva e ansiosa.Em um cenário de contusão, comparando jogadores ilesos com não ilesos, houve presençade maiores escores de depressão e pontuações de ansiedade por parte dos primeiros.Mulheres possuem o dobro da taxa de prevalência para ansiedade do que os homens Ofutebol, assim como qualquer esporte, tende a ser um fator de alívio no estresse eansiedade. Todavia, pode ter o efeito contrário, quando aliado negativamente à pressão porexcelentes desempenhos, cobranças excessivas por parte da torcida e imprensa, assim comoa cobrança individual, muitas vezes desnecessária. A partir de um momento de lesão, oatleta vivencia diversos sentimentos: perda de identidade, negação, isolamento, medo,descrença e esgotamento mental. Devido a isso e à incapacidade de treinar e participar dascompetições, ocorre um declínio de sua condição física, levando à perda de confiança epotencial de desenvolver estados depressivos e ansiosos. Buscando avaliar essa correlaçãopositiva, os dados foram coletados através dos questionários IDB e PSWQ. Foram obtidas 64respostas de atletas, sendo 26 do futebol feminino e 38 do masculino. Desse total, 57,8% jásofreram alguma lesão na carreira. Confirmou-se correlação positiva entre história de lesãoprévia e transtorno de ansiedade ou depressão, todavia a diferença de sexo não foi um fatorsignificativo na comparação entre prevalência dos transtornos mentais. Em vista disso, éimprescindível haver maior atenção à saúde mental dos atletas de futebol profissional,trabalhando com projetos, mediantes participação de especialistas, a longo prazo, que visemo acompanhamento constante do jogador. |