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As anormalidades do crescimento fetal durante a gestação caracterizam-se como um importante fator preditivo de diversas consequências para o binômio mãe-filho, como traumas durante o parto, cesarianas de emergência, hemorragia pós-parto, além de distúrbios metabólicos, cognitivos e respiratórios fetais. Acerca do crescimento fetal exacerbado, recebe-se a denominação de macrossomia fetal (MF) o feto com peso acima de 4000 g ou 4500 g ou, ainda, feto grande para a idade gestacional (GIG), isto é, acima do percentil 90. Em virtude da variedade etiológica da macrossomia, a epidemiologia é bastante variada e depende de diversos fatores, inclusive das diversidades socioeconômicas e culturais de cada país. Sendo que a incidência está, progressivamente, atingindo níveis alarmantes, o que caracteriza um grave problema de saúde pública. Além disso, a depender da etiologia da MF, a patogênese, as manifestações clínicas e o prognóstico são diferentes. Contudo, vale ressaltar a grande prevalência de MF decorrente de Diabetes Mellitus (DM) durante a gravidez, seja ele pré-gestacional ou gestacional. Frequentemente, o diagnóstico é realizado através das ultrassonografias que são solicitadas durante o pré-natal, as quais permitem a avaliação do peso fetal estimado e sua circunferência abdominal, que são, posteriormente, analisadas em uma tabela específica, comparando com a idade gestacional (IG) em que a mulher se encontra e observando se o feto está ou não acima do percentil 90 para a IG. Devido ao grande índice de morbimortalidade associado a esta condição clínica, medidas preventivas, como recomendação nutricional e atividade física, além de rigoroso controle glicêmico naquelas com DM devem ser instituídas, a fim de minimizar as complicações maternas e neonatais. |