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Buscamos fomentar alguns apontamentos em torno da questão levantada por Deleuze e Guattari sobre um corpo-sem-órgãos. Tal conceito tem como inspiração o trabalho de Antonin Arthaud e nega a pressão de um corpo organizado. Trata-se da experiência fotográfica de Zazu, um menino “autista” de oito anos, que não faz uso da linguagem verbal de maneira funcional. Cartografamos as experiências de Zazu com a câmera fotográfica. Ao deslocar o olhar para as imagens produzidas por Zazu, perdemos a configuração humana “adquirida” como ideal. As imagens de Zazu nos remete a refletir sobre como reagimos a esse turbilhão de imagens-clichês. Suas imagens desarranjam nossos discursos sobre as coisas e os seres altamente representativos; há, em suas fotografias a potência do corte do todo em partes e da retenção do efêmero, um olhar vago, um olhar que desloca o corpo-self para o corpo “asimbólico”, corpo-sem-órgãos cheio de um “olhar aí...” |