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A expansão do capitalismo no campo brasileiro produz contradições que são inerentes à sua existência: ao mesmo tempo que gera riqueza e a concentra para garantir a sua reprodução, expropria e submete sujeitos que se opõem a sua lógica de desenvolvimento, produzindo e acentuando as desigualdades entre as classes sociais. O texto pretende descrever e refletir sobre a violência no campo gerada pelo desenvolvimento do capitalismo, que lacera a paisagem e a relação dos sujeitos com seus territórios, violando direitos individuais e coletivos, ao mesmo tempo que promove inúmeros conflitos territoriais. O trabalho foi elaborado através da sistematização de diálogos e registros fotográficos nos locais visitados (Cariri cearense, semiárido do Piauí e Cerrado tocantinense em janeiro de 2020), acompanhada de uma leitura crítica dos processos percebidos durante as visitas. Como resultado, identificamos elementos compostos dialeticamente na paisagem e no território e os classificamos em dois grupos: a) as paisagens do conflito territorial (a paisagem percebida concretamente) e as paisagens da resistência territorial do campesinato (a paisagem que materializa as práticas de resistência dos sujeitos). |