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O objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos usuários da disciplina de Endodontia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O estudo quantitativo, transversal, retrospectivo e descritivo utilizou-se de dados dos prontuários da disciplina de Endodontia da UEPG referentes aos anos de 2010 a 2017. Os dados sociodemográficos e clínicos foram extraídos por duas pesquisadoras com uso de ficha padronizada. Prontuários com informações insuficientes sobre a conclusão do tratamento foram excluídos. Os dados foram descritos por frequências absolutas (n) e relativas (%). Foram encontrados 2.224 prontuários, e 73 (3,3%) foram excluídos. Dos 2.151 prontuários incluídos, 100 (4,4%) não tinham radiografias e 67,6% apresentavam radiografias com boa qualidade. Os atendimentos ocorreram mais em 2014 (18,1%) e 2016 (15,0%) e menos em 2015 (7,8%). A maioria dos usuários apresentava idade entre 20-29 anos (25,6%), mulheres (62,2%), casados (50,9%), residiam na cidade de Ponta Grossa (99,2%), trabalham na área de manutenção, reparação e serviços gerais (30,9%) e não tinha problema de saúde (78,5%). A infecção da polpa dentária por cárie foi o principal motivo (87,3%) do tratamento, e o primeiro molar inferior direito foi o dente mais tratado (7,4%). O tratamento mais realizado foi a necropulpectomia (57,0%), em duas ou mais sessões (74,6%), com tempo de duração de tratamento de oito dias (42,1%). O perfil sociodemográfico e clínico indica que mulheres jovens procuram mais tratamento endodôntico. Necropulpectomia foi o procedimento técnico mais realizado em virtude de extensas lesões cariosas. |