O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

Autor: Luiz Eduardo De Oliveira Santos, Liziane Paixão Silva Oliveira
Rok vydání: 2022
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Zdroj: Interfaces Científicas - Direito. 9:298-310
ISSN: 2316-381X
2316-3321
DOI: 10.17564/2316-381x.2022v9n1p298-310
Popis: RESUMO. O Código de Processo Civil de 2015, aplicável, subsidiariamente aos processos administrativos, por expressa disposição, determina, como regra geral de distribuição do ônus da prova, que ele seja atribuído a quem alegar o direito. Por outro lado, o Decreto n° 70.235, de 1972, que regula o Processo Administrativo Fiscal no âmbito Federal, originalmente tratando apenas do lançamento de ofício do tributo, mediante auto de infração, atribuía à autoridade tributária o ônus de comprovação da infração à legislação tributária, cabendo ao contribuinte apenas sua defesa. Ocorre que, a partir da edição da Lei n° 10.833, de 2003, uma alegação do contribuinte de que ele seria titular de um direito creditório perante o fisco, seja por indébito seja por ressarcimento de tributo não cumulativo, cumulada com a declaração de sua compensação com débitos confessados como devidos, teria o condão de extinguir o débito por compensação sob condição resolutória de sua ulterior homologação e, no caso de não homologação, seria possível a discussão do direito creditório e da compensação nos termos do Processo Administrativo Fiscal. Assim, surgiu a discussão quanto ao ônus da prova da existência do direito creditório alegado. A aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao Processo Administrativo Fiscal, afastou, nesse caso, a aplicação direta da regra geral de atribuição do ônus de prova ao fisco, entendendo que caberia ao contribuinte, que alega a existência do direito creditório, a prova da sua certeza e liquidez. PALAVRAS-CHAVE (descritores). Processo Administrativo Fiscal. Código de Processo Civil. Ônus da Prova. Compensação Tributária.
Databáze: OpenAIRE