Plasmocitoma solitário ósseo em região cranioencefálica occipital. Revisão e relato

Autor: Patrick Moro Mariano, Larissa Fernanda Fonseca Russo, André Rodrigues Sodré, Alfredo das Neves Magalhães Fernandes, Manoela Marques Ortega, Carlos Tadeu Parisi de Oliveira
Rok vydání: 2022
Zdroj: JBNC - JORNAL BRASILEIRO DE NEUROCIRURGIA. 32:324-325
ISSN: 2446-6786
0103-5118
DOI: 10.22290/jbnc.v32i4.1994
Popis: Introdução: Plasmocitomas solitários (PS) são tumores sólidos, originados da proliferação local de linfócitos B maduros, que adquirem um padrão de multiplicação monoclonal e desordenado, correspondendo a 5% de todos os tumores de células plasmáticas. Quando não há evidência de discrasia plasmocitária em outros locais do corpo, o crânio e o sistema nervoso central são raramente afetados de maneira isolada por esse tipo de tumor, dificultando a realização de seu diagnóstico, sendo apenas definitivo através de exames imuno-histoquímicos e histopatológicos. Objetivo: O presente relato teve como objetivo reportar um caso raro de PS ósseo (PSO) em região cranioencefálica occipital, de importante significância clínica frente à escassez de relatos semelhantes existentes na literatura nacional e mundial. Resultados: Paciente de 78 anos encaminhado ao Hospital devido a abaulamento de crescimento progressivo em região occipital, mas consciente, orientado e sem déficits neurológicos focais. A tomografia computadorizada (TC) e angio-TC de crânio evidenciaram lesão expansiva sólida extra-axial com destruição óssea da calvária occipitoparietal. Foi realizada ressecção subtotal da lesão, tendo sido observada marcação para CD138, antígeno de plasmócitos MI15 (+), cadeia leve de imunoglobulina Kappa 18B5 (+), Lambda (-) e S-100 (-), confirmando o diagnóstico de PSO em região cranioencefálica occipital. O paciente obteve recuperação completa e, após um ano, evoluiu a óbito devido a complicações cardiovasculares. Conclusões: PSO é uma discrasia de células plasmáticas rara, mais comum em homens acima de 40 anos. A excisão cirúrgica do tumor faz parte de uma excelente medida primária. Portanto, conhecer aspectos clínicos garante o sucesso diagnóstico, visto a real probabilidade de evolução para mieloma múltiplo ou metástases.
Databáze: OpenAIRE