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A educação é um ato de amor e, consequentemente de sensibilidade e empatia, embora o método tradicional ainda prevaleça nas salas de aula do Brasil, isso não significa que a afetividade deva se fazer ausente no processo de ensinar e aprender. A realidade nos mostra um país de diversidade, mas também de desigualdade e, este cenário se evidenciou com mais força durante a pandemia de Covid-19. Neste sentido, este artigo tem por objetivo compreender de que forma a memória dos educandos e dos professores refletida em minicontos demonstra a resistência da educação diante das desigualdades socioespaciais da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19). Como metodologia foi utilizada a escrita de memórias sobre a realidade educacional no período da pandemia, expostas e manifestadas em minicontos por estudantes e professores de uma escola pública do município de Fortaleza-CE. Os relatos demonstram que as desigualdades socioespaciais afetam de forma brutal a educação das classes mais vulneráveis, pois revelam dificuldades de acesso ao ensino remoto, seja por falta de recursos tecnológicos e/ou internet, ainda precisam lutar com o desemprego, a fome, a violência doméstica, a doença, o medo, a ansiedade e o luto. |