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Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada no contexto de um projeto de extensão implementado em escolas públicas localizadas no campo, na região Sudoeste do Paraná, no período de 2015 a 2020, que buscou socializar as possibilidades de se institucionalizar, a partir da prática da escola pública localizada no campo, tendo como base as garantias legais, um processo de rearticulação destas escolas na perspectiva do Movimento Nacional da Educação do Campo. A pesquisa analisou, junto às escolas em questão, o desenvolvimento de referências que promoveram mudanças por meio de um instrumental metodológico, do qual se destacam quatro tempos e espaços: as Trilhas Escola Família, o Inventário da Realidade dos Entornos da Escola, o Planejamento Coletivo Interdisciplinar e o Círculo de Saberes e Conhecimentos.Foi possível identificar que grande parte das escolas localizadas no campo encontra dificuldades de secolocarem uma perspectiva de mudança acerca de práticas cristalizadas e ainda enraizadas na Educação Rural, por estarem distanciadas da organicidade dos Movimentos Sociais Populares do Campo (MSPdoC) e suas organizações. Dar conta dessas mudanças em realidades específicas implica em “produzir movimento” e “rearticular vínculos” entre escolas, comunidades e seus entornos e, também, com os órgãos gestores. Institucionalizar tais referências e movimentações de tempos, espaços e instrumental metodológico é um caminho para garantir o direito à Educação do Campo. PALAVRAS-CHAVE: Educação do Campo. Escola Pública do Campo. Referências. Instrumental Metodológico. |