CONSEQUÊNCIAS NEUROLÓGICAS NOS CUIDADORES DE PESSOAS ACOMETIDOS COM ALZHEIMER: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autor: LUIZ FILIPE ALMEIDA REZENDE, LUSTARLLONE BENTO DE OLIVEIRA
Rok vydání: 2022
Zdroj: Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Crônicas On-line.
DOI: 10.51161/cronics/7123
Popis: Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é a mais comum das demências, sendo responsável por 50% a 75% de todos os casos, é um processo neurodegenerativo, caracterizado pelo acúmulo de beta- amilóide em placas senis e fosforilação da proteína tau em emaranhados neurofibrilares, tendo como etiologia múltiplos fatores. A DA apresenta grande comprometimento cognitivo e com a progressão da doença o paciente desenvolve aspectos motores de dependência. Devido os sintomas neuropsiquiátricos apresentados por idosos com DA e sobrecarga de cuidados, a depressão dos cuidadores torna-se um fator de atenção, devido ao comprometido da saúde mental do cuidador, ocasionando diminuição dos cuidados e atenção com o paciente com DA. Objetivo: Apresentar um resumo lógico de ideias a respeito do acometimento de doenças neurológicas em cuidadores de pessoas diagnosticadas com o mal de Alzheimer em detrimento ao cuidado e desdobramento da atenção. Metodologia: Revisão bibliográfica de artigos indexados no Scielo, LILACS e EduCAPES, durante o mês de janeiro a abril de 2022. Foram selecionados para leitura 15 artigos, e separados para a elaboração deste resumo, o total de 4 artigos. Resultados: A depressão, desmotivação, esgotamento, frustração e sofrimento psíquico (angústia), foram alguns dos sintomas aparentes e recorrentes para os cuidadores de pessoas com DA. Um estudo que utilizou um questionário semiestruturado e três escalas psicométricas para avaliação da sintomas depressivos apontou que 98,03% dos cuidadores avaliados, expressaram sintomatologia correspondente a depressão leve/moderada, destes, 96% associaram o resultado aos cuidados ao paciente acometido com Alzheimer. Outro fator relatado/associado aos adoecimentos destes cuidadores, é a ausência do apoio familiar, a evolução da doença e deterioração mental e comportamental do paciente com DA que resulta numa sobrecarga deste cuidador, além de não possuírem/receberem intervenção psicológica em relação ao seu sofrimento psíquico já instalado e/ou para prevenir o sofrimento, deixando então, a sensação de insegurança, solidão, abandono e negligência. Conclusão: Entende-se que a depressão nos cuidadores dos pacientes com DA é um ponto de inquietação, pois o adoecimento psíquico torna-se presente e pouco detectável pelo cuidador em detrimento da sobrecarga. Existe a necessidade de intervenção/suporte psicológico a fim de reduzir danos e adoecimento psíquico destes cuidadores.
Databáze: OpenAIRE