Prevalência de microrganismos resistentes a ciprofloxacino isolados em infecções do trato urinário em Hospital Universitário de Recife/PE

Autor: Dayana Cecília da Silva Lima, Airton Vieira Leite Segundo, Ana Beatriz Paes de Lira Branco, Rafaella Henrique Sousa de Araújo Britto, Renata Prohaska Batista, Rodrigo Siqueira de Arruda Camara, José Manoel Wanderley Duarte Neto, Maria Carolina de Albuquerque Wanderley
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Research, Society and Development. 11:e10411830588
ISSN: 2525-3409
DOI: 10.33448/rsd-v11i8.30588
Popis: A infecção do trato urinário (ITU) é uma das principais causas de consulta médica, ficando atrás apenas das infecções respiratórias. O principal agente etiológico é a bactéria Escherichia coli, mas outras bactérias, como Klebsiella pneumoniae, Proteus spp., Enterobacter spp., também podem estar envolvidas. O ciprofloxacino, da classe das quinolonas, é a droga de escolha para tratar ITU. Possui alta capacidade de absorção, boa cobertura pelas bactérias gram-negativas e tem sua disponibilidade tanto oral quanto intravenosa. Entretanto, a resistência microbiana a essa classe de medicamentos tem sido crescente. O presente estudo objetivou identificar, através do banco de dados da CCIH do HC-UFPE, a prevalência de microrganismos resistentes a ciprofloxacino em pacientes com ITU. A pesquisa foi um estudo de corte transversal sobre dados de pacientes com ITU no período de janeiro a dezembro de 2019, com aprovação do CEP sob Número do CAAE 20644719.3.3001.8807. Os resultados demonstraram que, das 301 uroculturas positivas, 82 apresentaram resistência a ciprofloxacino. A bactéria mais prevalente foi E. coli. A maioria dos casos de infecção acometeu as mulheres, sendo encontradas 193 pacientes do sexo feminino, 104 homens e 4 recém-nascidos. Com relação à clínica, pacientes da nefrologia foram os que mais apresentaram ITU. A crescente resistência a ciprofloxacino pode limitar as opções terapêuticas eficazes para tratamento da ITU, e uma das causas é uso indiscriminado e abusivo dos antimicrobianos. Para minimizar esta situação, é necessário alertar e conscientizar a população para os perigos e riscos de utilizar antimicrobianos sem prescrição médica e de maneira equivocada.
Databáze: OpenAIRE