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As enchentes e inundações são produtos da urbanização e, mesmo em cidades planejadas como Belo Horizonte/MG, ocorrem com frequência e magnitude. A partir da análise do planejamento da construção da capital de Minas Gerais, visando entender a relação urbanística da cidade com a bacia hidrográfica e os cursos d’água, este estudo teve por objetivo investigar as ações empreendidas ao longo da formação da cidade de Belo Horizonte e sua correlação com a formação de enchentes e inundações. Por meio de uma revisão de literatura, procurou-se identificar os preceitos de concepção e implantação da capital mineira. Os resultados revelaram que a abundância de recursos hídricos foi decisiva na escolha do local da sede da capital. Todavia, a inadequação do plano de transformações urbanísticas contemplando mudanças fluviais do sitio, resultou na supressão dos cursos d’água da paisagem, urbanização de fundos de vale, construção de grandes sistemas viários e, sobretudo, na canalização dos córregos. A urbanização, portanto, ocupou o lugar do rio e pode ser considerada como responsável por causar a formação de inundações, enchentes e alagamentos na cidade. |