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Introdução: A hepatite B é considerada um problema de saúde pública. Os profissionais da saúde têm maior exposição ao risco de contágio pelo vírus da hepatite B em razão da realização de procedimentos invasivos. A vacina é a principal medida de prevenção contra o hepatite B. Objetivo: Avaliar a situação vacinal contra hepatite B e a imunogenicidade de profissionais de saúde da atenção primária. Métodos: Estudo transversal realizado com profissionais de saúde da atenção primária no município de Teresina (PI), na região Nordeste do Brasil. A coleta de dados ocorreu no ano de 2020 mediante a aplicação de um formulário estruturado (via Google Docs). Foram incluídos profissional da saúde com efetivo trabalho na Estratégia Saúde da Família com tempo de 8.805,6 meses, justificando-se pelo período mínimo para completude vacinal contra hepatite B. Foram calculadas as prevalências e razões de prevalência ajustadas para os fatores associados à realização do anti-HBs e intervalos de 95% de confiança. O teste de cálculo das prevalências foi feito pelo qui-quadrado de Wald. O estudo seguiu as determinações de Ética com seres humanos, vigentes no Brasil, com números de parecer 4.218.806 e 4.035.652. Resultados: Foram incluídos 42 profissionais da saúde. A maioria eram enfermeiros 26 (60,5%), quatro (11,6%) eram médicos, seis (14,0%) auxiliares e/ou técnicos de enfermagem e seis (14,0%) cirurgiões-dentistas. Do total de entrevistados, 40 (95,2%) referiram possuir cartão de vacina, sendo todos vacinados contra a hepatite B, com esquema de três doses 39 (92,9%). Entre eles, 30 (71,4%) fizeram o exame que comprova a imunidade vacinal. Foram estatisticamente associados à realização do exame anti-HBs: ser do sexo feminino (valor p: 0,001), ser de cor branca (valor p: 0,039) e possuir cartão de vacina (valor p: 0,001). Conclusão: Os profissionais de saúde da atenção primária deste estudo tinham alta cobertura vacinal contra hepatite B porém baixo índice de avaliação da resposta vacinal. |