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INTRODUÇÃO: A reabilitação pós-reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é objeto de estudo constante da traumatologia, com impasses significativos como a disestesia peri-incisional após cirurgia reconstrutiva com autoenxertos tendíneos. OBJETIVO: Comparar a segurança do acesso vertical e oblíquo na retirada dos tendões flexores (grácil e semitendíneo) no que diz respeito à preservação funcional sensitiva do ramo infrapatelar do nervo safeno (RIPNS), de forma a aferir qual a melhor opção técnica para garantir o bem-estar dos pacientes após a cirurgia. MÉTODOS: Com o levantamento bibliográfico, realizado através das plataformas SciELO e MEDLINE/PubMed, foram buscadas produções científicas entre os anos 2000 e 2022 com a combinação dos descritores “disestesia”, “reconstrução do LCA” e “incisão cirúrgica”, sendo encontrados 23 artigos. Desses, apenas 10 se enquadraram no objetivo deste trabalho, por descreverem a anatomia do RIPNS e/ou relatarem estudos de casos correlacionados. RESULTADOS: A comparação entre as incisões se mostrou mais favorável à oblíqua, que apresentou, significativamente, uma incidência menor de alterações sensitivas locais no pós-operatório de reconstrução do LCA, chegando a ser até 5 vezes mais preventiva de disestesia. DISCUSSÃO: Muitos estudiosos buscam novas maneiras de realizar a coleta dos autógenos do tendão dos flexores, não só discutindo qual a melhor via de acesso, mas também a posição e angulação do joelho no momento da operação e qual o melhor tendão a ser retirado, por exemplo, demonstrando a imprescindibilidade de diminuir as chances de lesões iatrogênicas nesse procedimento, de forma a melhorar a recuperação após a cirurgia. CONCLUSÃO: A incisão oblíqua parece ser o melhor procedimento cirúrgico para a retirada de autógenos na reconstrução do LCA, por respeitar mais a anatomia do RIPNS, de forma a permitir que a satisfação do paciente aumente, os riscos de lesões iatrogênicas diminuam e o pós-operatório seja de maior qualidade. |