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INTRODUÇÃO: A gravidez ectópica (GE) é responsável por elevada morbimortalidade, sendo um tema relevante entre as síndromes hemorrágicas na gravidez. A sua etiologia envolve fatores de riscos como: história prévia de GE, infecções pélvicas, infertilidade, tabagismo e uso de dispositivo intrauterino. Acredita-se que esses fatores causam alterações funcionais e estruturais da tuba uterina. Contudo, a associação do uso prolongado de DIU como fator de risco para gravidez ectópica não apresenta explicações biológicas definitivas. É sugestivo que há uma relação entre maior incidência de GE com o uso de DIU. METODOLOGIA: Estudo na modalidade revisão narrativa, realizado nas bases de dados: Pubmed, Scielo, NCBI e Research Gate, entre os anos de 2012 e 2021 na língua portuguesa e inglesa. RESULTADOS: Estudo de coorte histórica de 2013 a 2017 relatou índice de Pearl de 0,19 para DIU com levonorgestrel de 13,5mg e índice de 0,006 para os de 52mg. Uma coorte prospectiva de 2006 a 2012 relatou índice de 0,26, mas não expõe o tipo de dispositivo estudado. Um ensaio clínico de 2009 a 2019 apresentou índice de 0,20 em DIU de 52mg de levonorgestrel. Outro estudo de coorte, de 2018, apresentou risco 3,99 vezes maior de GE em mulheres com DIU. Dois casos controle, um de 2013 e outro de 2011 apresentaram OR de 1,48 e 4,49 respectivamente. DISCUSSÃO: O uso do DIU pode ocasionar um processo inflamatório tubário e uterino, o qual possivelmente afeta a endossalpinge e o batimento ciliar nas tubas, dificultando o transito do óvulo, aumentando o risco de ocorrência de uma GE. CONCLUSÃO: O presente estudo identificou que o DIU reduz o número absoluto de gravidez, mas, dentre as falhas desse método o risco de se gerar uma gestação ectópica é alta, sendo sempre essencial observar os sinais e sintomas que possam apontar para essa hipótese diagnóstica. É essencial que mais estudos sejam feitos para que um consenso seja estabelecido. |
