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Este artigo busca analisar a supervisão acadêmica do Grupo Especial de Supervisão (GES) do Programa Mais Médicos (PMM) em áreas remotas e territórios indígenas da Amazônia Legal, com foco na realidade dos profissionais dessas localidades e nas possibilidades de suporte pedagógico para regiões de difícil acesso. O trabalho foi desenvolvido a partir de entrevistas semiestruturadas com médicos do PMM e da narrativa autobiográfica da pesquisadora. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo textual, que resultou em três categorias: o “ser médico” do PMM (trajetórias, expectativas e perspectivas de trabalho); a contextualização do trabalho médico nas áreas indígenas e remotas da Amazônia Legal; e as características de funcionamento da supervisão acadêmica do GES/PMM que a tornam “especial” e fundamental para o país. A pesquisa, com isso, ajudou na compreensão da realidade da região, dos desafios enfrentados pelos profissionais e supervisores e das possibilidades de aprimoramento do suporte pedagógico para o PMM e outros programas de provimento médico. Por fim, discute-se o imperativo das questões estruturais de trabalho e vida nesses locais sobre o alcance real da supervisão, o que exige dela uma postura crítica e engajada por melhorias para a região. |