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Introdução: Hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae; caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos, podendo gerar incapacidades permanentes. O diagnóstico precoce é um elemento essencial para evitar transmissão, complicações e deficiências. Objetivo:: Analisar as informações dos prontuários de pacientes com hanseníase em um serviço de referência. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo do tipo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado na Unidade de Referência Especializada em Dermatologia Sanitária Marcello Cândia - Marituba/PA. A pesquisa realizou-se através de levantamento dos prontuários de pacientes diagnosticados com hanseníase que realizaram tratamento entre 2016 a 2020. Para definição amostral foram considerados 314 prontuários, utilizados para análise e conclusão de dados, além de identificar quantos pacientes foram beneficiados pelo tratamento sem qualquer prejuízo à sua saúde. As variáveis foram: idade, sexo, procedência, ocupação, escolaridade, forma clínica da doença, tempo de tratamento, existência de registro de reações hansênicas e as medicações utilizadas. O levantamento ocorreu em outubro e novembro/2021. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade da Amazônia (UNAMA) e aprovada por meio do parecer nº5074843. Resultados: Foram avaliados 314 prontuários sendo a maioria pacientes do sexo masculino (57,6%), idade entre 03 e 88 anos, de baixa escolaridade (47,5%), cor parda (93%), solteiros (49%), moradores de Belém (33,4%), de variadas profissões; quanto à hanseníase, há predominância de casos novos, multibacilares, na forma Dimorfa (54%), positivo para baciloscopia (60,8%), com esquema terapêutico para 12 doses (78,5%), com reações hansênicas do tipo 01 (45%); fazem tratamento com prednisona (45%) decorrente episódios reacionais durante o tratamento; quanto aos nervos afetados, a maioria não apresentou lesões (41,4%) e baixo grau de incapacidade (45,2%). Conclusão: Após a análise, considerou-se importante o diagnóstico precoce e o tratamento das reações hansênicas em centros de referência. O tratamento exige acompanhamento por longos períodos, especialmente para prevenir incapacidades, entretanto, muitos pacientes ainda são diagnosticados tardiamente apresentando maior risco de desenvolver reações e neurites. Porém, se forem tratados efetivamente, os danos recentes podem ser revertidos e a incapacidade evitada. |