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Diante da vulnerabilidade de populações e ecossistemas aos efeitos adversos da mudança no clima, faz-se necessário a ampliação do campo de estudo que abordam a Capacidade Adaptativa (CA) de populações e ecossistemas. Em 2014, a Fundação Oswaldo Cruz desenvolveu o Sistema de Vulnerabilidade Climática (SisVuClima), um software capaz de avaliar a vulnerabilidade da população à mudança do clima para seis estados brasileiros, um desses é o Espírito Santo. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo aprofundar nos condicionantes que se relacionam com a CA dos municípios do estado do Espírito Santo frente aos impactos da variabilidade climática extrema. A CA foi avaliada através do chamado Índice de Capacidade Adaptativa (ICA) disponível no software SisVuClima. Os resultados obtidos para a classificação da CA entre os 78 municípios do estado do Espírito Santo, apresentou um padrão heterogêneo de distribuição, estando 46% dos municípios com Boa CA e 41% com Média CA. A análise por microrregiões identificou a Metropolitana e Nordeste com Boa e Média CA. Considerando os cenários climáticos futuros, as microrregiões de Caparaó e Centro Oeste apresentaram uma maior vulnerabilidade climática para o cenário de emissões RCP8.5, como indicado pelo índice climático estimado (ICC 8.5), sendo que nestas microrregiões se concentram grande parte dos municípios que apresentaram Baixa CA devido à deficiência em estruturas de geração de emprego e renda, educação, saúde e a gestão de riscos para desastres. É importante analisar as componentes que contribuem para tal classificação, permitindo que governantes efetuem melhorias através de políticas públicas para minimizar os impactos e vulnerabilidades. |
