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Introdução: O coriocarcinoma é a condição maligna entre as doenças trofoblásticas gestacionais e pode ocorrer após qualquer forma de gravidez. É uma neoplasia epitelial pura, compreendendo trofoblasto neoplásico no trofoblasto intermediário, no citotrofoblasto e no sinciciotrofoblasto. A atipia citológica é muito comum e a maioria dos casos apresenta contagens mitóticas elevadas. Necrose central e hemorragia são frequentemente observadas e a invasão miometrial profunda é comum e pode levar à perfuração uterina. Relato de caso: Paciente G1P1A0, do interior, de 29 anos de idade, realizou curetagem uterina em outubro de 2020 em razão de sangramento uterino intenso, com resultado histopatológico de mola hidatiforme. Em outubro de 2021 apresentou novo episódio de sangramento intenso e anemia, beta gonadotrofina coriônica humana (B-HCG) de 40 mil e imagem ultrassonográfica sugestiva de mola. A paciente foi encaminhada para a capital, onde foi transfundida e submetida a um novo esvaziamento uterino. Após sete dias, os níveis de B-HCG, CEA e CA-125 mantinham-se elevados e a ultrassonografia demonstrava novamente conteúdo heterogêneo na cavidade uterina. A tomografia computadorizada de tórax apresentou presença de nódulos pulmonares bilaterais de tamanhos variados. A paciente foi encaminhada ao serviço de oncologia com resultado histopatológico de coriocarcinoma, para estadiamento e tratamento adequado iniciando o protocolo de quimioterapia, porém foi a óbito após 30 dias. Conclusão: O coriocarcinoma é uma patologia grave, de evolução agressiva e alta letalidade. A falta de condutas e implementação de rotinas em pacientes com baixa acessibilidade na assistência primária dificulta o rastreio e o diagnóstico rápido e efetivo da doença, colocando em sério risco a vida dessas mulheres. Saber identificar os sinais e sintomas de forma rápida aumenta a taxa de cura e melhora o prognóstico. É importante, portanto, que os profissionais estejam atentos para essa patologia, considerando seus sinais de alerta. |
