Independência funcional de pacientes com lesão medular

Autor: Marcelo Riberto, Paulo Potiguara Novazzi Pinto, Hatsue Sakamoto, Linamara Rizzo Battistella
Rok vydání: 2005
Předmět:
Zdroj: Acta Fisiátrica. 12:61-66
ISSN: 2317-0190
0104-7795
DOI: 10.11606/issn.2317-0190.v12i2a102527
Popis: Conhecer a apresentação dos pacientes com lesão medular em termos de independência funcional permite aos serviços de reabilitação estruturarem-se para atenderem às demandas dessa população de forma mais eficiente. Com o objetivo de descrever tal padrão de funcionalidade, 150 relatórios de alta de pacientes com lesão medular de dois centros de reabilitação no período de 2000 a 2003 foram consultados para obtenção de dados clínicos, demográficos e da medida de independência funcional. Homens corresponderam a 72% da amostra, com média de idade de 33,8 ± 14,2 anos, sendo 21,3% dos casos devido a lesões não-traumáticas. Entre as lesões traumáticas, 30,5% em nível cervical, 52,5% torácicas e 17% lombares. O período médio de lesão foi de 22,6 ± 46,7 meses. No início do programa de reabilitação, Escadas (11,2%) e Vestir a metade inferior do corpo (24%) foram as tarefas nas quais menos pacientes apresentavam independência funcional, enquanto Alimentação (68,4%) e Higiene pessoal (51,6%) apresentaram maior independência. O período decorrido desde a instalação da lesão esteve diretamente associado a ao valor da MIF motora no início da reabilitação, confirmando a impressão clinica de que mesmo sem a orientação profissional os pacientes com lesão medular desenvolvem algum grau de independência funcional em virtude das necessidades enfrentadas no dia-a-dia. O atendimento de reabilitação ao paciente com lesão medular deve ser o mais precoce possível a fim de propiciar a aquisição de melhor desempenho em menor tempo e de formas mais apropriadas, pois por vezes a independência atingida faz-se às custas de comprometimento de segurança ou maior custo energético.
Databáze: OpenAIRE