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Este artigo trata de um estudo sobre a percepção do hebraico não somente como um sistema de signos, mas como cifras, isto é, como elementos de um sistema secreto disponível apenas em parte para a compreensão imediata, havendo camadas simbólicas complexas, voltadas para outros olhos interpretativos nas letras e demais grafismos da língua. Essa percepção foi desenvolvida por alguns autores de vanguarda e foi central para a configuração visionária e/ou narrativa de Jorge Luis Borges e seu “mestre”, Xul Solar. O hebraico, nas formulações desses escritores surgia como uma espécie de paisagem crepuscular, de miragem no horizonte interpretativo, no momento em que a própria Palavra parece se desfazer, nos liames tanto da construção narrativa quanto da formulação linguística que torna concreta uma paisagem puramente abstrata, visionária. |