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A adesão a uma abordagem intercultural crítica exige o questionamento da própria constituição da pedagogia que, como as outras ciências humanas e sociais, é um produto da modernidade-colonialidade. Em particular, o que é habitualmente transmitido como História da pedagógia não é um saber neutro, mas um saber excludente, que seleciona apenas algumas tradições de pensamento designadas como origem e fontes de legitimação da civilização ocidental. Neste artigo serão exploradas algumas dimensões da filosofia da educação maia, no interior de um discurso que entretece passado e presente, indo e vindo do tempo da pre-colonialidade ao largo tempo da decolonialidade que vivenciamos hoje. Em particular, será aprofundada a concepção da interdependência cósmica, geracional e entre as espécies, com o objetivo de ampliar os horizontes epistemológicos e teóricos em favor da vida. |
