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Objetivou-se avaliar se níveis de sombreamento afetam as exigências térmicas e o filocrono de mudas de Dipteryx alata, na estação seca da região de transição Cerrado-Amazônia. Foram empregadas telas poliefinas pretas (35; 50; 65 e 80% de sombreamento) e telas coloridas (termorefletora, vermelha, azul e verde, ambas com 50% de sombreamento) e pleno sol (referência). As temperaturas basais foram obtidas por regressões polinomiais entre temperatura do ar no interior dos telados de sombreamento e área foliar total por muda. O filocrono foi obtido por ajustes polinomiais entre o número médio de folhas e de folíolos com a soma térmica acumulada. A temperatura basal máxima e mínima de Dipteryx alata foi de 39,81 e 10,10°C. Não ocorreram diferenças significativas no número de folhas e folíolos, contudo, o incremento do nível de sombreamento aumentou a necessidade de energia térmica para o surgimento de folhas e folíolos (238,96°C.dia-1.folha-1 e 28,40°C.dia-1.folíolo-1) em relação ao pleno sol (166,44°C.dia-1.folha-1 e 17,10°C.dia-1.folíolo-1). Na tela de sombreamento vermelha (50%) ocorreram menores valores de filocrono para a emissão de uma nova folha (147,90°C.dia-1.folha-1) e de folíolo (20,39°C.dia-1.folíolo-1). O surgimento e a expansão foliar de mudas de Dipteryx alata depende da dinâmica microclimática quanti-qualitativa da radiação solar incidente, contudo, a espécie apresenta forte adaptabilidade fenotípica a diferentes condições ambientais. Para aumentar a área foliar e consequentemente a atividade fotossintética da planta, recomenda-se a produção das mudas de Dipteryx alata sob sombreamento, exceto sob a tela azul. |