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A rotura prematura de membranas (RPM), consiste na rotura espontânea das membranas amnióticas no período gestacional. A RPM pode ser subdividida em rotura prematura pré-termo de membranas (RPPTM), quando ocorre rotura espontânea das membranas ovulares antes do termo, isto é, antes de 37 semanas de gestação ou rotura prematura de membranas ovulares (RPMO), em que há a rotura espontânea das mesmas antes do começo do trabalho de parto. Em virtude da variedade etiológica da RPM, a epidemiologia é bastante variada, sendo que sua incidência chega a cerca de 10% de todas as gestações, em que, aproximadamente, 75 a 80% delas já estarão a termo, caracterizando a RPMO. Além disso, a depender da etiologia da RPMO, a patogênese e o prognóstico são diferentes. Acerca do quadro clínico, classicamente, a RPMO cursa com perda súbita de líquido claro por via vaginal. No que tange ao diagnóstico, a história clínica é fortemente sugestiva, sendo o diagnóstico definitivo obtido pela visualização da saída do líquido ao exame especular. O diagnóstico diferencial é imprescindível, uma vez que outras patologias com apresentações semelhantes devem ser descartadas, no intuito de se estabelecer o tratamento correto e eficaz. O manejo terapêutico pode ser realizado de forma conservadora ou intervencionista, sendo que a segunda maneira depende da idade gestacional em que a mulher se encontra, sendo feito farmacologicamente com antibióticos, corticoides e sulfato de magnésio (se indicado); além de medidas não farmacológicas de suporte e acompanhamento, a fim de prevenir comprometimento fetal e materno. |