Avaliação da seletividade alimentar em crianças de 2 a 10 anos com Transtorno do Espectro Autista em instituição no município de Campinas

Autor: Cristiane Aparecida Silva Lorena, Natália Vilela Silva Daniel, Renata Elisa Faustino de Almeida Marques, Maria Eleonora Feracin da Silva Picoli, Fernando Ananias
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Development. 8:70522-70549
ISSN: 2525-8761
Popis: A seletividade alimentar em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é muito comum. Crianças acometidas apresentam comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, associado a diferentes comorbidades, como comportamento perturbador, sintomas gastrointestinais, e problemas alimentares. Poucos estudos mostram como a família associada às instituições de cuidado podem ser responsáveis pelas preferências alimentares das crianças. O objetivo do estudo foi avaliar a existência da seletividade alimentar em crianças com TEA em instituição no município de Campinas-SP, Brasil. Um total de 75 crianças entre 2 e 10 anos e seus pais participaram do estudo. Os resultados mostraram 29% de seletividade das crianças pelos alimentos avaliados e apenas 15% para os familiares. A avaliação entre o hábito alimentar da família e da criança, em cada grupo de alimentos, mostrou alta correlação positiva para arroz branco, o feijão carioca, a carne moída bovina, o frango em bife e o sorvete cremoso e correlação negativa para o arroz integral, a lentilha, a sardinha em lata e o leite desnatado. O tempo de institucionalização das crianças foi em média de 4 anos e a presença de uma equipe multidisciplinar colaborou para a aceitação de um repertório alimentar mais amplo pelas crianças. Em conclusão, nota-se que as crianças com TEA consumiam mais alimentos ricos em energia e ricos em carboidratos simples, e menos frutas, verduras e legumes quando comparados aos pais. Este hábito pode levar a alterações no trânsito intestinal (constipação) e a obesidade como principais condições diretas.
Databáze: OpenAIRE