Retrocesso do Programa de Controle da Esquistossomose no estado de maior prevalência da doença no Brasil

Autor: Gabriela de Oliveira Salazar, Roseli La Corte, José Icaro Nunes Cruz
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Revista Pan-Amazônica de Saúde. 11
ISSN: 2176-6215
DOI: 10.5123/s2176-6223202000567
Popis: RESUMO OBJETIVO: Descrever o quadro epidemiologico da esquistossomose no contexto do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) no estado de Sergipe, Brasil. MATERIAIS E METODOS: Foi desenvolvido um estudo ecologico de series temporais, baseado em dados secundarios do Sistema de Informacao do Programa de Controle da Esquistossomose da Secretaria Estadual de Saude de Sergipe, de 2008 a 2017. As informacoes extraidas foram analisadas com os programas TabWin, Joinpoint Regression e BioEstat. RESULTADOS: Em media, 36,7 ± 5,6 municipios participaram do PCE no periodo, com o total de 677.841 exames realizados, dos quais 59.996 foram positivos (media anual de 8,6% ± 1,2%); 4.566 dos casos positivos apresentaram alta carga parasitaria (media de 7,9% ± 2,1%). De todos os casos positivos, 42.779 foram tratados (media de 68,7% ± 9,5%). O percentual de casos com alta carga parasitaria apresentou tendencia crescente estatisticamente significante (5,7% ao ano). Apresentaram tendencia decrescente estatisticamente significante a adesao de municipios ao PCE (4,0% por ano) e o numero de exames realizados (9,6% por ano). Em relacao a distribuicao espacial da esquistossomose, em 2011, ano de maior adesao de municipios ao PCE, cinco, 30 e 10 municipios foram, respectivamente, considerados de alta, media e baixa endemicidade. Em 2017, Siriri foi considerado como de alta endemicidade, 20 municipios foram de media endemicidade e cinco de baixa endemicidade. CONCLUSAO: As acoes do PCE diminuiram em Sergipe, o que somado a aparente subnotificacao e ao aumento de casos com alta carga parasitaria, compromete os ganhos obtidos no controle da doenca.
Databáze: OpenAIRE