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As políticas públicas de saúde que versam sobre o saneamento ambiental estão fundamentadas como elementos essenciais para o exercício da cidadania e expressam, em especial, um consenso social acerca de suas necessárias formulações, implantações e administrações. Assim, poderia tal consenso, lavrado juridicamente, fomentar o exercício de poder e sustentar a vigência de determinado status quo numa determinada região? Nesse raciocínio, o presente artigo propõe, a partir de métodos prosopográficos e antroponômicos, um estudo sobre o corpo administrativo da Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR), enfocando as pessoas que ocuparam essas posições estratégicas na companhia entre 2003 e 2014; período esse em que grupos políticos adversários (o PMDB de Roberto Requião entre 2003 e 2010, e o PSDB de Beto Richa entre 2011 e 2014) estiveram à frente da administração da empresa. Inicialmente sustentaremos a hipótese de que as políticas públicas de saneamento ambiental são importantes fomentadoras de capitais sociais indispensáveis para o exercício de poder na cena política paranaense em questão. Nesse sentido, a SANEPAR é uma instituição decisiva, em especial, nas iniciativas e nas deliberações do seu corpo administrativo. |