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Considerando que a governanca corporativa visa mitigar os impactos da assimetria de informacoes e dos conflitos de agencia, pressupor a qualidade das praticas de governanca como diferencial do grau de restricao financeira das empresas parece, em tese, pertinente. O objetivo deste estudo foi investigar a relacao entre a qualidade das praticas de governanca corporativa das empresas brasileiras e o grau de restricao financeira a que estao sujeitas. Um painel de dados de 248 firmas brasileiras foi analisado de 2006 a 2015. A qualidade das praticas de governanca das empresas foi determinada por meio do Indice de Praticas de Governanca Corporativa (IPGC), enquanto o grau de restricao financeira foi determinado pelos indices KZ e WW. Foram verificados, primeiramente, a existencia e o grau da correlacao entre o IPGC e os indices de restricao financeira KZ e WW. Posteriormente, os indices de restricao financeira KZ e WW foram comparados entre as firmas com pior e melhor qualidade de governanca determinada pelo IPGC. Os resultados demonstraram que melhores (piores) praticas de governanca foram acompanhadas de quedas (aumentos) no grau de restricao financeira e que empresas com melhor governanca apresentaram, no geral, indices de restricao financeira (KZ e WW) menores do que aquelas com pior governanca. Adicionalmente, o IPGC se mostrou uma variavel interessante para diferenciar o grau de restricao financeira das empresas brasileiras. |