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As ferrovias do Rio Grande do Norte, construídas entre o final do séc. XIX e início do séc. XX, marcaram uma era de modernização e fortalecimento da economia potiguar. A interiorização das ferrovias trouxe êxito para as pequenas cidades, fomentou o desenvolvimento do estado e atenuo um cenário de dificuldades promovido por diversos períodos de secas. Todavia, dado ao declínio das ferrovias suas estações foram abandonadas ou descaracterizadas, por sua vez ocasionando em uma importante ameaça ao patrimônio histórico e arquitetônico do RN. Diante deste cenário, este resumo busca descrever uma experiência de ensino-aprendizagem em BIM realizada em 2020 no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Rio Grande do Norte, que implicou no resgate desse patrimônio por meio da modelagem BIM. A experiência didática ocorreu por meio de uma ação conjunta entre as disciplinas de História da Arquitetura e Urbanismo 01 e Expressão Gráfica: BIM na turma do terceiro período e obedeceu as seguintes etapas: 1) os alunos foram divididos em duplas/trio e escolheram uma estação como objeto de estudo; 2) foram levantadas e analisadas informações sobre o imóvel selecionado a partir de pesquisas bibliográficas e de documentos; 3) Foi executada a modelagem BIM do edifício histórico em estudo e o detalhamento de alguns dos seus componentes como esquadrias, para tanto foi utilizado o software Revit da Autodesk, em sua versão 2020; 4) Apresentação dos resultados por meio de relatórios, vídeos e do modelo BIM. Ressalta-se que esta experiência foi realizada também com outra turma em 2019, mas com diferentes objetos de estudos (residências modernistas construídas em Natal/RN). A aplicação dessa experiência didática ratificou os mesmos resultados da primeira experiência em 2019. Ou seja, a construção do modelo BIM facilita no entendimento do edifício histórico e do processo de documentação. Além de impulsionar habilidades no desenvolvimento de modelos BIM com componentes que apresentem alto nível de detalhamento geométrico. A integração entre as disciplinas supracitadas possibilitou a difusão de diferentes saberes de modo simultâneo e incitou posturas mais ativas e colaborativas por parte dos discentes. Em síntese, pode-se afirmar que esta experiência implica no desenvolvimento Competências Individuais do BIM (IBCs), em especial, as técnicas, de suporte e operação. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/RyfKcsT8QlM |