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O tratamento odontológico tem grande potencial de despertar ansiedade, agitação e medo nos pacientes, o que pode se transformar em obstáculo para o cuidado da saúde bucal especialmente das crianças. Independente da causa ou tipo de reação de medo, sabe-se que geralmente os pais ou responsáveis optam por acompanhar a criança durante o atendimento, e a forma como os mesmos se comportam é de grande importância para a execução da terapia odontológica de maneira correta, impactando de alguma forma na apresentação de comportamento dos seus filhos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os aspectos cognitivos-comportamentais dos pais ou responsáveis frente ao atendimento odontopediátrico, bem como sua influência na viabilidade do tratamento. Na pesquisa, foram realizados levantamentos nas bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico, incluindo trabalhos dos anos 2001 a 2021, incluindo um total de 52 artigos para esta revisão. Com base nas pesquisas, normalmente há maior prevalência da figura feminina como acompanhante nas consultas. Além disso o medo que os pais têm de ir ao cirurgião-dentista é a causa mais evidente de ansiedade gerada de forma indireta também em seus filhos. Os achados sugerem que crianças ansiosas agem como reflexo da ansiedade materna e, como consequência, a criança apresenta comportamento negativo no consultório. Já nos casos em que as crianças não eram ansiosas, os responsáveis por elas também não apresentavam queixa de medo ou ansiedade. No geral, os acompanhantes preferem permanecer dentro do consultório, por diversos motivos. Entre as causas para reações de medo e ansiedade por parte destes adultos, o uso da alta rotação, procedimentos com uso de anestesia ou invasivos como os procedimentos cirúrgicos são as principais causas de aflição. Entre esses fatores que motivam reação de medo por parte dos pais e responsáveis, também está incluída a insegurança do profissional, bem como a limpeza e condições do ambiente de consultório. Conclui-se que a relação cognitivo-comportamental dos pais e responsáveis pode impactar diretamente, de forma positiva ou negativa, no comportamento das crianças. |