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A pesquisa se insere no campo do ensino de danças de salão e tem como objetivo discutir proposições didático-pedagógicas que não estejam centradas em binarismo de gênero, sob uma perspectiva de uma pedagogia queer. As concepções tradicionais de dança de salão, muitas vezes objetificam o corpo feminino e ditam padrões de movimentos com base em papéis de gênero, assim como determinam que a condução deve ser monopólio dos homens, cabendo às mulheres apenas o papel passivo de seguir o condutor. Entretanto, a problematização destas questões sob uma perspectiva contemporânea, corrobora para uma educação inclusiva de pessoas não heterossexuais e com identidades de gênero não binárias, que geralmente são excluídas da comunidade das danças de salão. Esta investigação tem uma abordagem qualitativa e se configura como uma pesquisa-ação[1]. O trabalho consiste em um recorte da pesquisa que desenvolvo no doutorado, com base na minha práxis, enquanto professor de dança em diferentes contextos educacionais. Este artigo possibilitou perceber os limites e as potencialidades das estratégias de ensino que desenvolvo nas aulas. Além disso, o diálogo com as teorias queer possibilitou questionar padrões heteronormativos da dança de salão tradicional, principalmente quanto aos estereótipos de gênero. Além de denunciar propostas heteronormativas e patriarcais de dança de salão, buscou-se com este trabalho compartilhar possíveis estratégias de ensino inclusivas quanto às questões de gênero e diversidade. |