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O artigo busca debater alguns paradigmas produzidos por Sérgio Buarque de Holanda, em especial o conceito de “Homem cordial” que, na minha compreensão, refletem o pensamento oligárquico brasileiro, repetindo e aprofundando teses de Gilberto Freyre. Teses estas que sustentam termos vivenciado em nosso país uma escravidão amena e relação fraternal entre escravizadores e escravizados, (com o proprietário representando, no máximo, o papel de um patriarca severo) resultado de suposta “índole cordial” daqueles e de uma sujeição passiva destes. Relação esta que teria como consequência a construção de uma “democracia racial” a partir do momento que a escravidão se tornou ilegal. Critica, ainda, a interpretação que o autor teve dos fatos e processos que levaram a constituição da nação brasileira e a desqualificação dos indígenas, dos negros e dos portugueses, apontados como responsáveis por um suposto fracasso dessa nação, devido a singularidades inerentes a sua condição étnico/racial. |