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OBJETIVO: Avaliar a influencia da hipertensao arterial sistemica com um ano de transplante renal na sobrevida do enxerto renal tres anos apos o transplante em criancas. METODOS: Estudo observacional e retrospectivo na serie de pacientes transplantados renais pediatricos da Universidade Federal de Sao Paulo (UNIFESP) no periodo de janeiro/1998 a janeiro/2003. Ao final do primeiro ano pos-transplante, os pacientes foram classificados em dois grupos: normotensos e hipertensos. A analise estatistica de sobrevida foi atraves do metodo de Kaplan-Meier. A comparacao entre grupos foi realizada utilizando-se o teste do "log-rank". Para os testes adotamos o limite de 5% (α < 0,05) para rejeicao da hipotese de nulidade. RESULTADOS: Antes do transplante 86 pacientes (64%) e apos um ano 70 individuos (52%) foram classificados como hipertensos, respectivamente. A sobrevida do enxerto renal apos tres anos de transplante foi de 92,5% para a amostra completa do estudo. O grupo de normotensos apresentou sobrevida de 95,3% e os hipertensos 90%; a diferenca nao foi estatisticamente significante. CONCLUSAO: Apesar do resultado estatistico nao ser significante, a diferenca observada entre os dois grupos apos tres anos de transplante, de 5% maior sobrevida nos individuos que eram normotensos um ano apos o transplante, nos parece clinicamente significativa e nos permite levantar a hipotese de que a hipertensao arterial pode ser um fator de risco para a sobrevida do enxerto pediatrico. Entretanto, nao nos seria possivel afirmar que a hipertensao e fator de risco independente para menor sobrevida do enxerto devido as limitacoes do estudo. |