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Introdução: O desperdício é um grande problema enfrentado pelo Brasil, em função dos hábitos alimentares, sendo o aproveitamento de cascas de frutas, folhas e talos de hortaliças ainda baixo. Sabe-se, no entanto, que a utilização dessas partes tradicionalmente não aproveitadas pode contribuir para a produção de alimentos mais saudáveis, nutritivos e com menor impacto negativo para o meio ambiente. Objetivo: Aproveitar os vegetais na sua forma integral ou de suas partes alimentícias não convencionais, e caracterizar as farinhas obtidas, com vistas à alimentação humana. Métodos: As farinhas foram obtidas de banana verdes (casca e polpa), casca de tangerina, casca e polpa de berinjela e bagaço de uva oriundo da produção de suco de uva, que foram secas em estufa ventilada a 40°C por 48 horas. Foram realizadas análises físico-químicas e microbiológicas. Resultados: As farinhas apresentaram alto teor de fibras (17,7 a 48,94 g/100g) e compostos fenólicos (778,81 a 2708,11 mg EAG/100g), e baixo teor de lipídeos (0,70 a 3,40 g/100g). Para a quantidade de proteínas, a farinha de berinjela foi a que mais se destacou (13,81 g/100g), podendo ser uma alternativa aos indivíduos que não consomem produtos de origem animal. Conclusões: Todas as farinhas são seguras do ponto de vista microbiológico, de acordo com a legislação vigente, e portanto, podem ser utilizadas na alimentação humana para aumentar o aporte de nutrientes e diminuir os impactos da poluição, contribuindo para a manutenção do meio ambiente e gerando renda. |