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Este artigo analisa como o arquivo pessoal da historiadora francesa Adeline Daumard molda um perfil da disciplina História. Entrando nas tensões sexuadas constitutivas do campo disciplinar, percorremos com ela alguns elementos do trabalho cotidiano de uma historiadora e sublinhamos, a partir de suas experiências, a complexidade do fato de ser uma mulher no meio acadêmico francês. Recortando e agrupando culturas pessoais de arquivamento, também destacamos o encontro com o Brasil, onde Adeline é acolhida por uma rede intelectual feminina que dialoga com sua forma de fazer história e impulsiona sua carreira. Mobilizando o gênero enquanto lente de percepção, caminhamos pelo Fonds Daumard, depositado no Archives Nationales francês, sexualizando seu corpus a fim de observar como papéis sociais se exibem nesse espaço e significam relações de poder que deslegitimam carreiras acadêmicas femininas. |