Popis: |
Este artigo problematiza a figura do Desbravador como símbolo da colonização da região oeste do Estado de Santa Catarina com o objetivo de desenvolver uma perspectiva da história e da atualidade da região que recupera e valoriza a presença de culturas e comunidades indígenas. A proposta utiliza elementos históricos, porém tem foco eminentemente filosófico, sustentado no arcabouço teórico formulado por Enrique Dussel. Adotando uma abordagem metodológica qualitativa, que utiliza como métodos principais as entrevistas e relatos de história oral, o texto inicia com uma exposição do referencial teórico, seguido de uma análise e desconstrução da imagem do Desbravador com base no conceito exposto. Posteriormente, faz uma exposição do processo de expulsão da população indígena da cidade de Chapecó e das ações graduais para apagar as marcas, nomes e lugares que se referiam à ocupação indígena da região. Finalmente, são expostas as reflexões acerca do trabalho realizado com estudantes indígenas e não indígenas sobre a história e a cultura dos povos que originalmente e até hoje ocupam a região. Essa experiência evidencia o potencial de ações educacionais como instrumentos de ressignificação simbólica e valorização da multiplicidade de vozes para a construção de relatos históricos. |