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Este estudo objetivou entender que razões levam a cesariana a ser o tipo de parto mais realizado no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja coleta de dados foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e seus sites indexados, tendo como palavras-chave, após verificação no sítio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): cesárea, morbimortalidade neonatal e saúde da mulher; utilizando-se o conectivo “and” para uni-las. A pesquisa teve como critérios de inclusão: estudos publicados nos últimos 10 anos, disponíveis na língua portuguesa e inglesa, que se encontrassem disponibilizados na íntegra e que fossem gratuitos; sendo excluídos: materiais com data de publicação anterior a 2012, que estivessem disponíveis em línguas diferentes da portuguesa e inglesa, incompletos, duplicados e que fossem pagos. Após a leitura integral, foram selecionados 10 estudos, que foram analisados, agrupados e organizados em duas categorias de discussão: fatores relacionados às elevadas taxas de cesarianas no Brasil e riscos da cesariana em comparação ao parto normal. Os achados demonstram a desproporcionalidade da porcentagem de cesarianas preconizada pela OMS e a atual, no Brasil, que diversos são os fatores relacionados a isto, e que os riscos da disseminação dessa prática são reais, porém subestimados. Essa realidade mostra que é essencial que haja uma redução deste percentual e para tal, se faz necessária a adoção de um modelo assistencial mais humanizado, em que sejam incentivados o empoderamento e autonomia da mulher, e a disseminação de informações acerca dos riscos e benefícios das vias de parto. |