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Introdução: A obtenção de bioprodutos provenientes de microalgas encontra-se em grande evolução no âmbito industrial, mas devido ao alto custo de produção, diversos estudos e técnicas com intuito de viabilizar e ampliar o rendimento obtido por microalgas vêm sendo realizados. A qualidade da fonte de luz fornecida às microalgas é uma alternativa promissora e tem sido demonstrado que há uma relação entre a produção bioquímica, o crescimento da microalga e a qualidade da luz. Objetivo: Nesta pesquisa avaliamos os efeitos da qualidade de luz (branca, vermelha e azul) na fisiologia e na composição bioquímica da microalga Ankistrodesmus densus em culturas de 96 h. Metodologia: Para tal, foi analisado diariamente o rendimento quântico máximo e a densidade celular. Ao final da fase exponencial (48 h) foi determinado o rendimento quântico efetivo, a dissipação fotoquímica e não fotoquímica. Proteínas, carboidratos e pigmentos (clorofila a e carotenoides) foram determinados diariamente no período 48-96 h para todas as cores de luz. Resultados: Não houve diferença significativa quanto à densidade celular, taxa de crescimento, rendimento quântico máximo. A concentração de clorofila a foi menor em 72 h nos LEDs azuis em comparação aos outros tratamentos. A síntese de carotenoides foi 3,5 vezes maior sob luz azul e vermelha em 48 h e em 72 h em LEDs vermelhas foi 2,5 vezes maior em relação ao controle. Em 96 h, não houve diferença significativa entre os tratamentos. A Luz vermelha estimulou a produção de proteínas, sendo 29% maior em 72 h e 82% maior 96 h comparado ao controle. Carboidratos aumentaram 2,5 vezes sob luz vermelha (48 h), em 96 h a síntese de carboidratos aumentou significativamente em LEDs azuis, cerca de 130% em relação ao controle. Conclusão: Este estudo mostrou que para Ankistrodesmus densus diferentes qualidades de luz podem estimular a síntese de proteínas, carboidratos e pigmentos sem alterar a taxa de crescimento e fotossíntese. |