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Este estudo teve como objetivo avaliar a resistência do couro da tilápia do Nilo em função de classes de peso corporal de abate e sentidos (longitudinal e transversal) do couro em relação ao comprimento do corpo do peixe. As peles foram classificadas em categorias de peso corporal diferentes (C1= 500 a 600 g; C2 = 601 a 700 g e C3 = 701 a 800 g) e congeladas para posterior curtimento. Após descongelamento, as peles foram curtidas com sais de cromo e submetidas ao recurtimento com tanino vegetal. Depois, obtiveram-se os corpos-de-prova, que foram analisados quanto a espessura para realização dos testes de resistência à tração e ao alongamento e rasgamento progressivo, utilizando-se o dinamômetro EMIC. Através da análise de regressão linear, constatou-se que existe uma correlação entre a área da pele (Y) e peso do peixe (X), que pode ser expressa pela equação linear Y=39,359 + 0,0269X (r=0,56**). Houve efeito da classe de peso do peixe sobre as cargas de força aplicadas nos testes de resistência e no sentido transversal do couro com maior resistência a tração e rasgamento progressivo comparada ao longitudinal. O conteúdo de óxido de cromo presente nos couros variou de 3,75 a 3,81%, enquanto o de substâncias extraíveis em diclorometano variou de 8,16% a 8,47%, e pH ficou entre 3,84 a 3,86 para as categorias de peso. As peles curtidas de tilápia pesando entre 500 a 800 g não diferiram na resistência, quanto a tração, alongamento e rasgamento progressivo. No entanto, quando avaliado o sentido de retirada dos corpos-de-prova, o sentido transversal (referente a largura do couro) apresentou maior resistência quanto à tração e rasgamento progressivo quando comparado ao longitudinal (comprimento do couro). |